Tem coisa que o Excel não mostra. Mas quem vive no campo sente — todos os dias.
Tem um lado da logística que não aparece no relatório.
O cliente não vê.
O gestor nem sempre percebe.
E o sistema… ignora.
É o lado humano.
É o que acontece entre uma ligação e um despacho.
É o que se sente no corpo: tensão no ombro, cansaço nos olhos, um “resolver tudo” que nunca termina.
A operação entrega. Mas a que custo?
Você conhece essa rotina:
- O telefone toca sem parar
- O WhatsApp com 12 conversas pendentes
- O motorista não atende
- O cliente quer resposta
- O comercial já vendeu e saiu da linha
- O Excel tá aberto, mas ninguém tem tempo de preencher
No final do dia, deu tudo “certo”.
Mas só quem esteve ali sabe o quanto custou fazer dar certo.
A ilusão da logística eficiente
Quando a gente só olha número, a operação parece estável.
Mas por trás de cada número, tem gente correndo pra não deixar a peteca cair.
Tem gente antecipando erro que o sistema nem imagina.
Tem gente resolvendo o que ninguém vê.
Tem gente que vira ponte entre áreas que não se falam.
Essa é a verdadeira logística: feita de gente.
Mas isso cansa. E, cedo ou tarde, cobra um preço.
O erro estrutural que quase ninguém percebe
A maior parte das empresas trata logística como fim da linha.
Algo que só entra em ação depois da venda, depois do contrato, depois da promessa.
Mas a realidade é outra.
- Se o frete é mal vendido, não há operação que salve.
- Se a carga é mal programada, não há motorista que resolva.
- Se ninguém acompanha a entrega, a confiança evapora.
A logística é um sistema vivo.
E como todo sistema, ela pode colapsar silenciosamente — sem fazer barulho, mas drenando tudo.
A pergunta que incomoda (mas precisa ser feita)
Quantas pessoas na sua operação hoje só estão “dando conta” — mas não aguentam mais?
Quantas entregas saem com esforço demais… só pra manter a aparência de controle?
Quantas vezes você sentiu que trabalha o triplo pra entregar o mínimo aceitável?
Se essas perguntas doem, é porque tem coisa errada.
E ignorar isso por mais tempo pode custar muito mais do que dinheiro.